Inclusão das pessoas com deficiência – Quais são os maiores desafios em rel
- pamalmeidameiteam
- 10 de dez. de 2022
- 3 min de leitura
Quando algumas pessoas dizem “brincando” que os PcDs são muito vitoriosos pela garra e alegria de viver que esbanjam apesar das limitações físicas, na maioria das vezes, elas não têm ideia de quanto esta frase pode ser usada em um sentido muito mais abrangente se considerarmos todas as restrições ou limitações ainda maiores que o meio apresenta diariamente e os desafios que a inclusão das pessoas com deficiência representa, não só para quem luta pela causa, mas também para aqueles que não percebem o seu valor e a resistem.

As principais dificuldades
As ruas de paralelepípedos, as calçadas altas, a falta de sinalização em relevo, os semáforos sem avisos sonoros, os locais e os transportes públicos e privados, entre tantos outros exemplos, são a realidade cotidiana da população PcD. Dependendo da deficiência e da severidade com que a pessoa foi acometida, a vida fora de casa pode ser bastante complicada e apesar das conquistas logradas, acessibilidade ainda é uma palavra para a qual muitas pessoas ainda torcem o nariz.
Inclusão das pessoas com deficiência – Uma falsa acessibilidade
O fato é que a inclusão das pessoas com deficiência não é simplesmente uma questão de promover o acesso físico a lugares, mas sim, uma questão de inclusão social integral e respeito ilimitado. Construir uma rampa, por exemplo, na mesma inclinação de uma escada, não significa promover a acessibilidade, mas sim jogar dinheiro no lixo, uma vez que a pessoa deficiente provavelmente ainda necessitará de ajuda para subi-la.
A inclusão dos PcDs no mercado de trabalho
A mobilidade urbana tem sido um problema ao longo de muitos anos por este motivo, durante muito tempo o universo inteiro de muitos PcDs se restringia ao ambiente familiar e médico. Após a aprovação da lei que garante vagas de emprego para pessoas com deficiência, entretanto, cada dia mais se vê pessoas com deficiência nas ruas, em horários de pico, ocupando o lugar de onde nunca deveriam ter saído; o convívio social. Mas ainda é a custo de muito sacrifício que os trajetos se dão.
Pessoas iguais a todas as pessoas do mundo
Quantas vezes, por causa de equipamentos de elevação quebrados, é necessário que o cobrador e o motorista, e as vezes até os próprios passageiros, coloquem o cadeirante dentro do ônibus? Ou quantas vezes um cego precisa se assegurar de que o semáforo está mesmo aberto, pedindo auxílio às pessoas a sua volta? Não é somente acessibilidade, é independência. As pessoas com algum tipo de deficiência não querem e não devem ser incluídos em uma subcategoria humana, uma categoria que obrigatoriamente necessita de ajuda, porque não é assim.
Não dá para negar que em alguns casos e em alguns momentos a ajuda de terceiros é sim, necessária. Mas nas situações cotidianas, elas têm condições de fazer algo por conta própria, é prazeroso poder fazê-lo. Na maioria das vezes isto custa apenas alguns poucos ajustes que normalmente perduram para que outras pessoas com deficiência possam se beneficiar dele.
A luta é por independência mais que por acessibilidade apenas
Esta é a luta e dá trabalho, bastante trabalho. Custa muito empenho e as vezes muita briga fazer com que a voz dos PcDs alcance os ouvidos necessários. Mas a grande maioria vai fazendo adaptações e toca o barco com a certeza de que estão lutando por uma vida mais digna e com mais qualidade de vida para eles próprios e para as gerações futuras, e de milha em milha, eles vão longe. Ninguém mais pode parar ou ignorar a existência e a luta das pessoas com deficiência!
A luta pelo direito de acessibilidade, igualdade e principalmente por independência é uma questão diária; um trabalho de formiguinha. Mas cada um dos que lutam pela inclusão das pessoas com deficiência, a sua maneira, vai dia a dia fazendo, com um sorriso no rosto e muita garra, porque no fundo eles sabem – melhor do que a grande maioria das pessoas – que a vida é um presente maravilhoso e com valor inestimável, o qual a gente deve aproveitar ao máximo e sempre que possível, sorrindo!
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