Seguro de Automóvel: entenda a cobertura das adaptações de carro para PcD
- pamalmeidameiteam
- 10 de dez. de 2022
- 4 min de leitura
O seguro Auto para PcD conta com coberturas para equipamentos de adaptações de carro para PcD. Saiba tudo sobre essa etapa da contratação.
Muitas adaptações de carro para PcD podem ser feitas para tornar a sua direção mais prática, confortável e segura.
Na hora de contratar um Seguro de Automóvel para PcD, essas adaptações são levadas em consideração junto com os outros fatores (como modelo do veículo, hábitos de utilização, perfil do motorista etc.), e existem coberturas específicas para cada modificação realizada.
Essa é uma das diferenças em relação à contratação de um Seguro de Automóvel tradicional. Dessa maneira, o segurado consegue garantir proteção para possíveis danos aos equipamentos instalados, que podem custar de R$ 250,00 até R$ 30 mil, um valor bem significativo.
Portanto, é essencial que o corretor de seguros seja informado sobre o fato de o veículo ser para PcD, bem como todas as suas demais características, no momento da contratação. Essas informações irão influenciar diretamente as cláusulas da apólice.

Adaptações de carro para PcD
Cada vez mais surgem novidades no mercado PcD, como o fato de algumas marcas de automóveis contarem com a opção de adaptar os seus modelos na própria fábrica, instalando rampas de acesso, plataformas elevatórias, controles no volante e comandos por voz.
Apesar disso, a maioria dos veículos acaba sendo adaptada após a compra. Isso ocorre porque cada deficiência requer uma modificação específica, que costuma ser definida após uma avaliação por parte de especialistas.
Equipamentos mais utilizados por PcD
1. Direção, acelerador e freio
Em caso de paralisias parciais ou de membros superiores com algum tipo de limitação de força, é preciso se certificar de que a firmeza para controlar o volante não será prejudicada.
Para isso, existem cintas que prendem a mão do motorista para que ela não se solte, e também o chamado pomo giratório, que facilita a condução.
Quando a deficiência está nos membros inferiores, é comum instalar alavancas no lugar dos pedais de acelerador e freio, para que sejam controlados com as mãos, ou então adaptar o acelerador para o pé esquerdo.
2. Rampas, plataformas e bancos
Para cadeirantes, as adaptações mais usuais são as rampas e plataformas hidráulicas, que otimizam o acesso ao carro, eliminando a dificuldade do degrau; bancos rotativos, com uma base que pode ser utilizada como cadeira de rodas fora do automóvel e modelos de suspensão que diminuem a altura do veículo em relação ao chão.
Os bancos especiais também são bastante usados por pessoas com problemas na coluna. Eles são projetados de acordo com as características do condutor, garantindo a sua acomodação perfeita, para uma direção mais confortável e segura.
3. Elevador
Mais vistos em ônibus e carros altos, os elevadores permitem que o motorista dirija na sua cadeira de rodas, sem que precise mudar para um banco. Esse equipamento dá autonomia, pois muitas vezes dispensa a ajuda de terceiros, além de poupar bastante esforço.
Para utilizá-lo, é preciso observar, na hora da compra do carro, se o modelo suporta esse tipo de adaptação.
4. Tábua de transferência
Já a tábua de transferência costuma ser dobrável e fica próxima ao banco do motorista. Quando ele precisa sair para o banco do veículo ou voltar para a cadeira de rodas, ela serve como apoio. Trata-se de uma das adaptações mais simples, e é ideal para pessoas com flexibilidade e força no tronco.
Vistoria
Feitas as adaptações do carro para PcD, é preciso realizar inspeções que atestem a adequação das modificações e equipamentos instalados às necessidades do motorista, bem como o bom funcionamento do veículo.
Essa tarefa fica a cargo de empresas credenciadas ao Departamento de Trânsito (Detran) que, ao receber o certificado de aprovação na inspeção, fornece o documento de conclusão da adaptação e cadastra o automóvel como apto para circular.
As seguradoras também podem solicitar a realização de uma vistoria própria para confirmar as condições do veículo e a presença dos equipamentos informados ao corretor no momento da cotação do seguro. Essa é uma prática comum no processo de contratação de qualquer seguro de automóvel, seja ele para PcD ou tradicional.
Limite de Cobertura
A realização ou não de adaptações no carro que vai ser segurado influencia a cobertura do seguro Auto PcD. No primeiro caso, as seguradoras estabelecem um limite de porcentagem para a cobertura no caso de perda total.
Em contrapartida, como vimos no início desse artigo, são incluídas coberturas para os equipamentos instalados, que pagam indenizações em sinistros que causam danos específicos a eles.
Já para veículos não adaptados, o segurado recebe o valor do carro de acordo com a tabela FIPE, descontando-se apenas os impostos (IPI e o ICMS) a que pessoas com deficiência têm direito, por lei, a cada dois anos.
Nota Fiscal
Como nem todos os modelos adquiridos com a isenção fiscal estão listados na tabela FIPE, como o Jeep Renegade 1.6 Automático, por exemplo, que está entre os veículos mais procurados por PcD, há uma forma diferente de calcular a indenização.
As seguradoras consideram o chamado “valor determinado”, um valor fixo de cobertura, que tem como base a nota fiscal do automóvel protegido. No entanto, como o total pago é deduzido do IPI e do ICMS, em geral as companhias somam ao valor da nota o total dos impostos na hora de definir a importância segurada.
Tal como a do veículo, as notas fiscais de equipamentos de adaptação instalados também podem ser solicitadas para o cálculo das respectivas coberturas.
Além das diferenças na adaptação do carro para PcD, o motorista também precisa ter uma habilitação especial para poder dirigi-lo.